Se me perguntarem como estou, eis a resposta: Estou indo. Sem muita bagagem. Pesos desnecessários causam sempre dores desnecessárias. Esvaziei a mala, olhei no fundo dela, limpei, e estou indo…preenche-la com coisas novas. Sensações novas, situações novas, pessoas novas.
Tudo novo.
É claro que de vez em quando bate aquele sentimento, aquela nostalgia, e relembra-se de tudo o que já fomos mas tive que deixar voar, libertar, se voltar é porque tinha que ser, é porque me pertence e tem que permanecer na minha vida, se não voltar é porque não tinha mesmo que ser. Tudo acontece com uma razão na vida, convence-te disso.
Muita gente duvida que eu tenha sentido alguma coisa, que tenha ficado mal, que tive pena, que sofrir, apenas por me verem com um sorriso nos lábios, a continuar a minha vida, a arranjar-me e a cuidar mais de mim para mim, de não ficar em casa fechada mas não imaginam a revolução que se passa no interior.
Não vou andar por ai pelas ruas todas a chorar, não sou assim, ou se já foi assim é porque achei que certamente valia a pena, ou não.
Hoje no meu presente é esta a maneira de eu encontrei de sofrer, sofrer calada e com um sorriso nos lábios, os outros não tem que saber que estou a sofrer, assim também evita-se ser um genéro de alvo de comentário e criticas da sociedade.
E perguntam como estou e eis que eu digo vou indo, vou vivendo...
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